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Interseção – Reunião de Oração 16/03/2021

Reflita conosco com a devocional dada pelo Kiyoshi na reunião de oração da equipe realizada no dia 16/03/2021.

 

Quem me conhece sabe que eu gosto de dar “pitaco” em tudo. A desculpa que eu dou é porque eu sou analista de sistemas, mas a verdade é que eu realmente gosto de tentar analisar e entender os problemas das pessoas, para tentar intervir e ajudar, mesmo que muitas vezes ninguém tenha me chamado, e nem eu seja especialista naquela questão, ou aquilo seja da minha responsabilidade. E às vezes eu acho que acabo me envolvendo demais nas coisas. E além disso, uma das coisas que sempre fico pensando e me remoendo é se eu não estou me intrometendo demais na vida dos outros. Acredito que em muitas vezes eu realmente estou me intrometendo e faz já algum tempo que tenho buscado em Deus e também tenho buscado ler sobre isso.

Quando fui convidado a trazer a devocional na reunião de oração, logo pensei e orei: “Deus, eu nem sou um cara de oração e agora tô considerando levar um devocional logo em uma reunião de oração? Eu preciso aprender a ser um bom intercessor, mas se bobiar eu nem sei escrever intercessão…” E na hora eu parei e pensei, tá, eu até sei escrever intercessão, mas de onde vem essa palavra? Como um bom “cara da TI”, Joguei no Google.

Intercessão: é o ato de interceder, intervenção.
Interceder: intervir, pedir, rogar, suplicar

Aproveitei para procurar o significado de interseção: Encontro de duas linhas ou de dois planos que se cortam, é o encontro de dois conjuntos.

Logo, lembrei da passagem de Lucas 7.11-17.

A primeira coisa que me marcou nessa passagem, é que o texto conta o encontro de duas multidões bem diferentes, dois conjuntos de pessoas. Tinha a multidão de Jesus que vinha em festa cercando a Jesus, entrando com ele na cidade de Naim. Ele tinha acabado de curar o empregado do oficial romano e todos estavam maravilhados. E tinha um multidão triste em luto, saindo a cidade, realizando o enterro de um jovem, um jovem que era o único filho de uma mulher viúva. A segunda coisa que me marcou é que Jesus podia ter ignorado essa outra multidão, mas ele olha além da multidão dele, além da zona de conforto dele, e provoca intencionalmente o encontro das duas multidões. E a terceira coisa é que Ele não apenas ressuscita o jovem, mas antes ele se preocupa em consolar a viúva e depois faz questão de entregá-lo à mãe.

Quando olhamos para esta e outras intervenções de Jesus, não só na Bíblia, mas também em nossas vidas, vemos que a abordagem dEle é sempre de se aproximar, olhar além, adentrar-se no outro conjunto, olhar para as nossas vidas, relacionar-se conosco e compartilhar daquilo que Ele tem com o necessitado. Ele constrói uma área de troca, Ele propõe uma área em comum. Sem uma interseção, não há a intervenção. Sem uma interseção, não há de fato uma intercessão.

Então se queremos realmente ser intercessores, logo temos nos propor à uma interseção. E junto a isso também aprendi que uma intervenção sem interseção, é uma intromissão. Se eu não buscar de fato esta interseção, olhando para além de mim mesmo, buscando olhar para a vida do próximo e suas necessidades, buscando o relacionamento com ele, compartilhar daquilo que eu tenho, desenvolver esta área de troca, as minhas intercessões não passarão de intromissões.

Sem interseção, a nossa participação na missão de Deus seria apenas uma intromissão para “sair na foto”. Sem nos permitir à interseção, não iremos transtornar o mundo. Que possamos em nossas orações, em nossas intercessões, dispor as nossas vidas a ir além da nossa zona de conforto, a buscar conhecer, relacionar-se e compartilhar com aquele por quem nós oramos e intercedemos. Que ao nos depararmos com motivos para interceder, que possamos orar nos dispondo à Deus para estarmos na interseção.

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