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Diário de bicicleta no Nepal 11 – A China que (ainda) não conhecemos

#Nota11 #DiarioChina

Já era madrugada do dia 01 de junho quando chegamos em Kunming, capital da província de Yunnan, na China. Lá passaríamos apenas uma noite. No dia seguinte, cedinho, seguiríamos em outro voo para Lanzhou. Famintos, nos dirigimos a um McDonalds no próprio aeroporto. Nos frustramos ao saber que não aceitavam cartão nem dólar. A mesma situação ocorreu quando chegamos ao hotel. Foi nossa primeira lição: a gigante China não se curva ao Ocidente.

Dormimos muito pouco naquela noite. Nosso voo para Lanzhou seria algumas horas depois. Seguimos para o aeroporto sem tomar café. A viagem durou um pouco mais de três horas. Estávamos tão cansados que dormimos em quase todo o tempo da viagem.

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No desembarque fomos recebidos por Mateus Napoli, brasileiro que mora há mais de oito anos na China. Ele seria nosso guia nos três dias na cidade. Dois motoristas do Uber nos esperávamos. Ainda viajamos mais uma hora e pouco até chegamos no bairro de Mateus.

Lanzhou é a mais pobre das cidades grandes da China. Tem uma população de quase 2 milhões. Dizem que foi aqui que se inventou o macarrão. Antiga rota de comércio da seda, é banhada pelo lendário Rio Amarelo. O passado de efervescência comercial fez com que o islamismo chegasse na bagagem dos comerciantes árabes. Não é difícil encontrar pelas ruas da cidade chineses que seguem a religião de Maomé.

Esta não costuma ser a porta de entrada para turistas. Mas para nós é um lugar fascinante onde esperamos aprender muito sobre a China que não está nos cartões postais e no imaginário das pessoas.

Não deu tempo nem de almoçar. Deixamos nossas malas nas casas em que estávamos hospedados e seguimos para a Jiaotong University, onde teríamos uma reunião com o diretor de relações internacionais da instituição. Fomos recebidos com presentes e muita simpatia. A reunião durou mais de uma hora e foi muito produtiva. Parece que janelas estão se abrindo para uma parceria entre a Joaotong e a Unicesumar, em Maringá (PR). Weslley é um dos sócios da Unicesumar e recebeu com alegria as ideias de intercâmbios entre as duas instituições. Uma curiosidade desta universidade chinesa com 30 mil alunos: ela tem um curso de graduação em português, com mais de 100 estudantes. Por isso, o interesse de receber professores e estudantes do nosso país.

Depois da reunião ainda visitamos uma exposição de um artista local que faz pinturas com uma técnica milenar de torcer panos.

Começou a chover uma chuva fina. Mas ela não nos impediu de visitar a ponte sobre o Rio Amarelo e um hospital. O hospital é especial. Ele foi fundado graças aos recursos que vieram da família de William Borden, um jovem cristão americano que faleceu no Egito, aos 26 anos, enquanto se preparava para ser missionário exatamente nesta região da China. Conta-se que em sua Bíblia estavam escritas três frases: “sem reservas”, “sem retroceder” e “sem arrependimentos”. Sua história está contada em um pequeno museu dos fundadores no hospital.

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Já era noite quando nossa fome foi honrada com um banquete que quebrou o jejum do Ramadã dos muçulmanos. As famílias de Mateus e outros dois amigos nos esperavam em uma mesa grande e redonda cheia de pratos apetitosos. Eles nos explicaram o significado de cada coisa e então nos deliciamos com a comida: carne de cordeiro, frango, arroz, macarrão, legumes, chás… Já fazia tempo que não comíamos um cardápio tão variado.

Na saída do restaurante, os funcionários pediram para tirar uma foto conosco. Foi a primeira vez, mas não seria a última. Aqui nós somos os diferentes.

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