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Diário de bicicleta no Nepal 3 – Quer conhecer uma cidade? Vá de bicicleta

18588992_242703799544409_1375564682637793362_o#Nota3 – 23/05/2017 – 20h13 (horário de Katmandu) – Quer conhecer uma cidade? Vá de bicicleta. Foi o que fizemos hoje. Neste nosso segundo dia, saímos antes das 7 da manhã e andamos por lugares mais distantes do centro comercial de Katmandu. Num total de quase 17 quilômetros, percorremos áreas rurais e conversarmos com moradores. As ruas são muito estreitas e acidentadas. Exigiu habilidade e atenção. Mas todos da nossa equipe se saíram muito bem.
 O que vimos?
Pequenos templos ou oferendas hindus.
Muitos cachorros.
Comércios com infraestrutura rudimentar.
Pequenas plantações de trigo.
Muito lixo.
E muita pobreza.
Mas vimos também adultos sorridentes, abertos para uma conversa. Vimos crianças uniformizadas e educadas, indo para suas escolas.
E por falar em crianças, distribuímos balas para muitas delas. Claro, todas sempre aceitam. Mas uma delas – uma menina talvez com 3 anos – não quis no primeiro momento. A mãe a trouxe para mais perto e ela, ainda com a boca cheia de banana, aceita o doce. Todos riem. Nós, as outras crianças e suas mães e avós. Tiramos foto, nos despedimos e continuamos a pedalar.
Aprendemos nestes dias uma expressão hindu usada na língua local que repetimos sempre: “Namastê!” (literalmente significa “curvo-me diante de ti”). Mas quando o morador é cristão, ele não responde. Aí já sabemos que devemos usar outra expressão.
Robertinho tirando selfies com jovens locais
Robertinho tirando selfies com jovens locais
Nossa pedalada de hoje parece que foi por uma parte mais antiga da cidade. “É um verdadeiro canteiros de obras”, disse nosso colega Robertinho. Entulhos espalhados, muita poeira, casas inacabadas (ou acabadas pelos diversos terremotos que afetam a região).
Uma mulher corta a cabeça de um animal em uma tábua. Sangue para todo lado. É um açougue.
Um dos poucos lugares abertos com um salão é cheio de bandeiras com foices e martelos do Partido Comunista.
Ainda não vimos nenhum aparelho de televisão. Mas muitos usam celular.
Enfrentamos uma longa e íngreme subida, “quase sem fim”. Apenas um de nós consegue subi-la inteiramente na bicicleta, sem parar. A maioria precisa parar um pouco, descer da bike, retomar as forças e depois subir na bicicleta novamente. No meio do caminho, nos encontramos com uma jovem senhora carregando um feixe de trigo que estimamos ser de uns 25 quilos nas costas. Ela precisa estar bem encurvada para dar conta do peso. Weslley e Wellington se impressionam com a cena e têm uma ideia: “carregar o fardo um dos outros”. E foi o que eles fizeram. Ela levou a bicicleta do Weslley e ele o fardo dela. “Era muito pesado! Como ela consegue?”. Eis uma lição cristã em tempo real!
Após horas de pedaladas, já estamos no caminho de volta para a pousada. Entramos na parte mais urbanizada. Continuamos pedalando em fila indiana. Colocamos nossas máscaras. É necessário. Há muita poluição. Cruzamos avenidas, sempre com bastante cuidado para que não haja nenhum acidente.
Chegamos na pousada por volta das 11h30. Logo fazemos uma roda e conversamos sobre o que aprendemos hoje. Relembramos os cuidados necessários para a segurança de todos. Compartilhamos também como este passeio nos ensinou sobre a vida. Edson fica emocionado. Ele lembra que orou pelo Nepal nesta noite e que Deus o tocou para fazer algo mais. Robertinho quer continuar o diálogo com um pré-adolescente. Pretende levar uma Bíblia de presente para ele. Weslley relembra o episódio dos fardos.
Terminamos a manhã cansados, mas cheios de vigor para o que mais Deus pretende fazer por meio de nós. E isso nos dá alegria para o que ainda acontecerá.
Que venha o “grande dia”!

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